Paralisia Cerebral

Classificações

Você sabia que existem algumas classificações que podem auxiliar um médico ortopedista e os pais da criança com paralisia cerebral a encontrar onde o pequeno se encaixa e qual a melhor forma de tratamento? São elas:

Hemiparéticos:

Quando metade do corpo é acometido;

Diparéticos:

Quando o acometimento principal ocorre nos membros inferiores. É o tipo que mais atinge bebês prematuros;

Tetraparéticos:

Quando há acometimento total, atingindo o controle de tronco e cervical;

Fisiológica

A PC, sob a perspectiva fisiológica, pode ser classificada em quatro diferentes formas clínicas:

PC espástica: Essa é a forma mais comum, representa cerca de 87% casos. As crianças apresentam aumento do tônus muscular, aumento dos reflexos profundos e clônus (movimentos confusos) . Os membros inferiores tendem a fazer rotação interna e adução do quadril, os pés ficam esticados e as pernas se cruzam, o que chamamos de posição “em tesoura”.

PC discinética: Representa 7,5% dos casos. A criança apresenta movimentos involuntários, não controlados, recorrentes e, ocasionalmente, estereotipados.

PC atáxica: Corresponde a 4% dos casos. As crianças apresentam uma incoordenação dos movimentos, que são realizados com força, ritmo e precisão anormais.

PC mista: Com alterações combinadas das classificações citadas acima.

Funcional: GMFCS

Em 1997 o grupo do CanChild, liderados pelos fisioterapeutas Peter Rosenbaum e Robert Palisano, publicaram o primeiro artigo sobre o GMFCS.

Essa classificação é tão importante que costumo dizer que revolucionou a forma como nos comunicamos e definimos o tratamento da criança com PC.

O Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS) para paralisia cerebral é baseado no movimento iniciado voluntariamente, com ênfase no sentar, transferências e mobilidade. 

Ao definir um sistema de classificação em 5 níveis, o principal critério é que as distinções entre os níveis devam ser significativas na vida diária. As distinções são baseadas nas limitações funcionais, na necessidade de dispositivos manuais para mobilidade (tais como andadores, muletas ou bengalas) ou mobilidade sobre rodas, e em menor grau, na qualidade do movimento.

NÍVEL I – Anda sem limitações;

NÍVEL II – Anda com limitações;

NÍVEL III – Anda utilizando um dispositivo manual de mobilidade;

NÍVEL IV – Auto-mobilidade com limitações; pode utilizar mobilidade motorizada;

NÍVEL V – Transportado em uma cadeira de rodas manual.